Você,Sussurra teus devaneios,Com reticências de desespero..Eu os recolho…
26 quarta-feira jun 2013
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in26 quarta-feira jun 2013
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in26 quarta-feira jun 2013
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in Hoje teci sua ausência com fios de ouro
Rodopiei até encontrar a luz que incendeia teus rastros
Li os poemas que dedicaste ao meu ego, reli o teu desejo, o intervalo desesperado da procura
em nossas mãos,
perdidas em nós.
De qual fúria instaura tua ambivalência?
Se não sou eu, que desce e ilumina tuas coisas tenras,
Se não sou eu, que das cores em sangue, percorro sob teus pés o impulso que ocasiona a liberdade e as breves delícias da vida
Eis a poesia
Eu acho que perdeste em mim
A tua ânsia de propagação
V
31 sexta-feira maio 2013
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in Faltam cinco minutos para as 6h.
Meu coração intacto, ressoa urgências
em um mar de aforismos e regras.
Em intensidade de orgasmos líquidos, concretos
e furtivos
lutamos contra as
horas que insistem em nos tomar.
Incendeio, mergulho… Meu sonho é maior que a vida.
Erguemos contra a vontade
para cobrir nosso escândalo com tecidos macios e confortáveis..
para cobrir nossos gestos, nossa consistência perene de sermos humanos.
Para aplacar o grito.
Sorrir o espanto.
Um café, um cigarro
Um milhão de desilusões amanhecem junto com os homens
Às 6 horas da manhã.
16 quinta-feira maio 2013
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in24 quarta-feira abr 2013
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in08 segunda-feira abr 2013
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inUm copo com água sob meus pés cansados
Erick Satie dançando sobre os ouvidos, grita.
Toda poesia que comove, toda poesia que me resta;
e este copo d’água, em uma parte, virará (p)arte
Deste meu organismo incrédulo, deste organismo intenso, ensanguentado por poções meridianas de exatidão e essência, por entre os órgãos e nações que habitam o avesso deste corpo nu.
Desembocará em água, torrente e sem pedir licença, se misturará para sempre neste templo, corpo
micro-organismo de versos
27 quarta-feira mar 2013
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inNua e avessa dispo-te com a delicadeza de uma puta. Impiedosa, reflito teu holocausto, teu pavor e a tua vergonha. Jorrada dentro das tuas experiências, ao aroma do belo transponho-me. Sou estruturalmente esmigalhada nas cinzas do teu cigarro ruim.
Dentro da noite, rasgo tuas repulsas,sugiro a tua cura indevassável, retiro do ar, ligeiramente embriagado, a tua bendita essência, teu apelo ao pecado banal.
És de carne, és labareda, és forte e valente,
tens mãos e pés, pelos e contornos, oceano de texturas. Homem, bicho mortal como todos o são, e se metem no mundo, grandes farrapos vestidos em meio à multidão de coisas perecíveis e ternas. Souberas! Teu silêncio se desfaz, teu silêncio ressoa, grita: és tragicamente humano para suportar a nudez de uma mulher sem princípios.
22 sexta-feira mar 2013
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inRastros sob a delicadeza, caminhos de maçã em carne.
Noites suspensas sob os contornos noturnos de sua pele, calculada em chamas,
Extraida de um milhão de deuses e homens,
Adormecidos no tempo etéreo de nossa virgindade e prece.
És a falta que me comove e não encontro no poema.
Qual é o aroma que veste e desfolha o pálido caminho dos teus pés errantes?
Foi brasa, delícia, o beijo, Klimt.
Um instante e a sua voz inaugura tudo o que em mim é sagrado.
08 sexta-feira mar 2013
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inOs sinos daquela antiga igreja, carregada de memórias, não hesitam em tilintar seus gestos convalescentes aos que ainda crêem.
Tim- Tom- Tim- Tom.
Ouço murmúrios de um velho senhor rabugento: alto e encapotado (esperando a chuva que ele talvez tenha suposto, desde o início da manhã)
Uma velha me acena ao longe, mas, eu, com toda a minha perturbação, não sou capaz de atender seu pedido. Gostaria de beijar seus pés, minha senhora, e lhe pedir perdão, mas suas crenças se diferem das minhas! Ah, são tão embriagadas sobre coisas etéreas e mornas. Mundanas demais para o seu deus. (reflito pausadamente e recolho minhas palavras)
Volto cabisbaixa, leve, observando as sarjetas – há algo de absurdo em transeuntes que observam sarjetas ao invés de observarem olhares apáticos, perdidos em meio ao caos do trânsito que circundam e serpenteiam caminhos, ou até, quem sabe, observar uma gota de felicidade dentro dos olhos daquele menino esguio, implorando fome.
Ah, meus senhores! E serão os homens do certo e do direito? Financeiros ou promíscuos, em busca de um mísero orgasmo de vida para suportar a dor da existência medíocre em que vivem.
Onde estás poesia? Neste dia eu a encontrei, voltando para casa, no meio do caminho, ela pairava ali, no reflexo dos meus olhos, devorando Narciso de Caravaggio, dentro daquelas imundas sarjetas.
06 quarta-feira mar 2013
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